sábado, agosto 07, 2010

XIIª Festa do Teatro - Festival Internacional de Teatro de Setúbal



Do teatro à música, passando pelas curtas metragens, artes plásticas, debates, aos espectáculos de sala e de rua, formas artísticas emergentes e de natureza pluridisciplinar, a XII Festa do Teatro continua a ser um interlocutor entre os artistas e a comunidade, potenciando hábitos de fruição cultural, continuando a apostar na formação de públicos e no desenvolvimento da sua capacidade crítica, assim como, na divulgação de novas práticas.

O Festival de Teatro “Festa do Teatro” continua a ser um momento cultural de relevo na cidade de Setúbal que se vai afirmando sempre e cada vez mais como um acontecimento que proporciona, ao público autóctone e aos visitantes, momentos de verdadeiro divertimento, de enriquecimento e de crescimento intelectual, no qual o teatro assume o papel de dinamizador de redes de difusão, permitindo a interligação de experiências e a movimentação de espectáculos de carácter profissional.
Um dos objectivos deste Festival é também manter uma programação eclética e diversificada, privilegiando o nacional sem descurar a participação estrangeira.

A cultura é fundamental para a criação de identidade e para o desenvolvimento económico e social da sociedade, sendo, pois, uma aposta valiosa, na qual se insere a Festa do Teatro pelo seu contributo na formação de novos públicos e na consolidação dos já existentes. Além disso disso, a cidadania também se constrói através da Arte e, neste caso, do Teatro.

"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma".

José Saramago



XII Festa do Teatro

Organização: Teatro Estúdio Fontenova

Direcção Artística: José Maria Dias
Direcção de Produção: Graziela Dias
Produção executiva, Imprensa e Divulgação: Graziela Dias e Mónica Santos
Criação /Edição de imagem e Fotografia: Mónica Santos
Direcção Técnica: José Maria Dias
Assistência técnica: Júlio Mendão
Assistência de Produção: Hugo Moreira, Júlio Mendão, Sara Costa, Eduardo Dias e José Lobo, Samuel Simão e Tiago Santos.
Frente Casa: Manuel Ernesto, Bruno Moreira e Mónica Santos.


Agradecimentos:
Conselho Executivo da Escola Sebastião da Gama
Teatro S. Luis
António Galrinho
João Rosado
António Marques
À colaboração dos Artistas plásticos

E a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, têm contribuído para o engrandecimento do Festival “Festa do Teatro”. O nosso obrigado!



O Teatro Estúdio Fontenova é uma estrutura financiada pela Câmara Municipal de Setúbal

Parceria:
Câmara Municipal de Setúbal

Apoios:
Escola Sebastião da Gama; Fundação INATEL; Club Setubalense; Junta de Freguesia de Sta. Maria da Graça; Hotel Isidro; Experimentáculo; Teatro O bando; TAS; Teatro Maria Matos; Conservatório Regional de Música de Setúbal.

Apoios à divulgação:
O Setubalense; Correio de Setúbal/Sem+Mais; Viva Setúbal; Setúbal na Rede, O SUL; Setúbal TV; Rádio Azul.

Grupo Festa do Teatro - Setúbal @ Facebook [clique aqui para aderir]

21 de Agosto | 19h


Sessão de Abertura

Declaração de Abertura da XII Festa do Teatro pelo seu Director Artístico José Maria Dias

Inauguração Exposição de Artes Plásticas> Artistas Plásticos de Setúbal
Apontamento Musical> Nuno Barreto

Escola Sebastião da Gama (Ginásio Novo)
Av. Alexandre Herculano / Setúbal

Entrada livre




Interacção |Artes Plásticas

As obras desta exposição resultaram de um trabalho em pareceria com o professor António Galrinho e com a colaboração de vários artistas plásticos da região, que ao longo da temporada da companhia foram assistindo aos espectáculos, transpondo para esboços o seu olhar sobre tudo aquilo que assistiam, propiciando, assim, novas visões ao público em geral e promovendo a educação artística e a literacia cultura.

21 de Agosto | 22h


Guerras do Alecrim e da Manjerona > Teatro ao Largo

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 75 minutos

Parque do Bonfim /Setúbal

Bilhetes: 7€
Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65, Sócios do INATEL e aderentes PIN Cultura)



Levada à cena em 1737 como uma ópera Joco-Séria, representada por marionetas, a obra-prima de António José da Silva foi adaptada pelo Teatro ao Largo numa peça enérgica e vivaz.

O tema é leve na sua essência, com um enredo em torno das tentativas de dois jovens amantes para conquistarem os corações (e mesmo a casa) de duas lindas irmãs. A peça critica de forma divertida vários aspectos da sociedade portuguesa. O espectáculo é direccionado para toda a família, e segue a política artística do grupo de levar farsas clássicas ao público geral.

A intenção de António José da Silva era de encantar e deliciar o público do seu tempo. A nossa interpretação, mantendo-se fiel à original em texto e em espírito, incluirá música ao vivo, canções e rotinas de comédia e interacção com o público

Equipa artística e técnica
Texto: António José da Silva | Encenação e Música Original: Steve Johnston |Elenco: Rui Penas, Célia Martins, Miguel Reis Rosa, Inês Patrício e Ricardo Loscar | Máscaras: Josephine Biereye | Equipa técnica: Luis Santos e Jorge Condesso | Guarda Roupa e Cenário: Helen Lane

22 de Agosto | 22h


Tempos Modernos – Cinema ao ar livre> Experimentáculo


Duração aproximada: 87 minutos

Claustros do Convento de Jesus – Rua do Balneário Dr. Paulo Borba /Setúbal

Entrada livre


Sinopse:
A eterna luta entre o homem e a máquina! Mas quem sai a ganhar desta vez são os fãs da comédia clássica, que se vão deliciar com o derradeiro confronto entre o Vagabundo de Charles Chaplin e a linha de montagem industrial num filme que foi incluído em 1998 na lista dos 100 Melhores Filmes Americanos estabelecida pelo American Film Institute.
O Vagabundo procura ganhar a vida trabalhando numa fábrica de tecnologia de vanguarda. Um lugar onde geringonças como a máquina de almoços automática prometem algum dia reduzir a hora de almoço a 15 minutos. Inevitavelmente lançado no desemprego, o Vagabundo junta-se a uma jovem sem abrigo (Paulette Goddard), em busca da felicidade... e de um salário.
Pelo caminho torna-se um guarda-nocturno movido a patins, empregado de mesa, cantor nonsense, prisioneiro, e muito mais. No final, o Vagabundo e a rapariga afastam-se da objectiva de braços dados. Não encontraram nem a felicidade, nem um salário, mas sim, o amor. Os momentos e a sátira de os Tempos Modernos são verdadeiramente intemporais.
Título Original: Modern Times / The Masses | Género: Comédia | Origem/Ano: EUA/1936 |Realização: Charles Chaplin | Intérpretes: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman, Tiny Sandford, Chester Conklin, Hank Mann, Stanley Blystone, Al Ernest Garcia, Richard Alexander e Cecil Reynolds

sexta-feira, agosto 06, 2010

25 de Agosto | 22h


Vincent, Van e Gogh> Peripécia Teatro

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração: 80 minutos


Escola Sebastião da Gama (Ginásio Novo)
Av. Alexandre Herculano / Setúbal

Bilhetes: 7€
Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65, aderentes PIN Cultura e Sócios Inatel)



Vincent Van e Gogh são três dos personagens que ocupam um espaço com pincéis, telas, chapéus e cavaletes. Através da relação e o jogo destes personagens com os objectos emergem figuras e situações que marcaram a vida e a obra de Van Gogh. Um espectáculo visualmente poético, onde se sugerem algumas das mais emblemáticas obras de Van Gogh.
A narrativa não é cronologicamente linear o que permite situações cénicas que nos transportam para ambientes de delírio, de inquietude e de desconcerto, às vezes associados a alguma ironia e humor. O espectáculo oscila assim entre o drama e a comédia, a realidade e a imaginação, entre a vida e a arte.


Nota dos actores:
Esta criação é uma humilde homenagem ao pintor holandês que se tornou no paradigma do “artista maldito” que não vê a sua obra reconhecida; ao homem cuja vida é a história de um fracasso, em busca, primeiro da verdade religiosa e, mais tarde, da arte. Van Gogh acabou sozinho, doente e, dizem alguns que louco, até se suicidar, aos 37 anos, em Auvers-sur-Oise em França.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Criação e Interpretação: Noelia Domínguez, Sérgio Agostinho Ángel Fragua | Iluminação: Paulo Neto |Operação de luz: Paulo Neto/ Eurico Alves | Figurinos e Adereços: PERIPÉCIA | Desenho Gráfico Paulo Araújo/ Pedro Coelho | Fotografia: Paulo Araújo | Direcção: José Carlos Garcia

26 de Agosto | 22h


O Grande Ditador – Cinema ao ar livre> Experimentáculo

Praça do Bocage /Setúbal

Duração aproximada: 128 minutos

Entrada livre



O GRANDE DITADOR – 1940 Estréia em Nova York (Astor – Capitole), a 15 de Outubro de 1940. O primeiro filme sonoro de Charlie Chaplin, onde expõe abertamente as suas opiniões políticas. É um filme de denúncia, ridicularizando Hitler e os seus subordinados. A sua preocupação em reconhecer os factos tristes da guerra, antecipando e denunciando a automatização da humanidade.
O filme ataca o totalitarismo e seus líderes, causando a sua expulsão dos Estados Unidos.
Charlie Chaplin criou uma obra-prima única com uma das melhores mensagens anti-guerra já transmitidas ao homem.


Título Original: The Great Dictator / The Dictator | Gênero: Comédia | Origem/Ano: EUA/1940 | Direção: Charles Chaplin | Intérpretes: Charles Chaplin, Jack Oakie, Reginald Gardiner, Henry Daniell, Billy Gilbert, Grace Hayle, Carter DeHaven, Maurice Moscovitch, Paulette Goddard, Emma Dunn, Bernard Gorcey, Paul Weigel, Chester Conklin, Esther Michelson e Hank Mann

27 de Agosto | 22h






Concerto de Música
Alexandra Boga, Celina Piedade e João da Ilha > Experimentáculo

Claustros do Convento de Jesus – Rua do Balneário Dr. Paulo Borba /Setúbal

Bilhetes: 7€
Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65, aderentes PIN Cultura e sócios Inatel)


Alexandre Boga – Nascida a 12 de Julho de 1988, na cidade de Ponta Delgada, Alexandra Boga iniciou o seu trilho musical aos sete anos de idade, na Ilha do Pico, onde começou a aprender a tocar guitarra, seguida do bandolim. Em 2004 Alexandra Boga dedicou-se à interpretação de diversos estilos musicais como Jazz, Bossa Nova, Soul e Disco, com a Associação Suave Azul, e também começou a tocar os seus temas originais, num projecto de estilo pop, onde utilizou sempre o seu diminutivo, AlGa. Três anos mais tarde, Alexandra Boga começou a trabalhar a solo e assumiu um novo estilo de composição e interpretação das suas músicas originais, com bases na música tradicional açoriana e world. A Viola da Terra passou a ser um dos instrumentos mais importantes na composição de AlGa. Actualmente encontra-se a trabalhar no seu mais recente álbum a editar em 2010.


Celina da Piedade – Actualmente estou bastante envolvida, como acordeonista e cantora, em dois projectos especiais: Uxukalhus (desde o inicio do projecto, em 1998) e Rodrigo Leão (desde 2000). Também toco com Cravo e Ferradura, um grupo de bailes de danças tradicionais Europeias. Para além destes projectos, trabalho ocasionalmente (em concertos e em estúdio) com diferentes artistas e projectos, como Ludovico Einaudi (tournées em Portugal, Itália, e Espanha em 2005, 2006 e 2007), António Chainho, Dona Rosa, Dazkarieh, Viviane, Projecto Fuga, Grupo de Violas Campaniças, entre outros, para além de colaborar em projectos de bandas sonoras para televisão e cinema, Teatro, Performance, e Dança Contemporânea.

João da Ilha – No cruzamento entre os sons da Tradição Açoriana e as sonoridades recorrentes da Viagem por outras paragens do Mundo, está o lugar do João da Ilha. Tal como um Porto Insular, Infindável albergue de Canções, Poesias, Histórias, e Vidas do Incógnito Horizonte!
O Grupo João da Ilha iniciou a sua actividade em Janeiro de 2008 em Setúbal, sucedendo um percurso a solo do João e reflectindo o facto de cada um dos músicos integrantes desejar dedicar-se à música moderna portuguesa, cruzando o seu carácter singular pessoal com os sons da Tradição Açoriana, a ambiência da cidade à beira Sado e as influências do mundo.
Cada elemento provém de diferentes origens e também transporta diferentes influências fruto da sua actividade musical anterior à formação deste grupo. A formação inicial, João, Sandro e Nuno, têm no entanto em comum o interesse pela Música Portuguesa, o que serviu de causa para embarcar nesta nova aventura musical.

Guitarra e Voz: João da Ilha | Acordeão: Nuno Carpinteiro | Baixo e Coros: Sandro Maduro | Percussões: Rui Rosado

28 de Agosto | 22h


Chovem amores na rua do matador> TRIGO LIMPO teatro ACERT

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 80 minutos

Escola Sebastião da Gama – (Ginásio Novo) Av. Alexandre Herculano / Setúbal

Bilhetes: 7€
Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25; maiores de 65, aderentes PIN Cultura e sócios Inatel)




Esta nova criação, da autoria de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, é a segunda etapa do Projecto “Interiores” e o resultado do desafio lançado a estes dois escritores para criarem um texto inédito para o TRIGOLIMPO teatro ACERT. Baltazar Fortuna regressa a Xigovia para matar… saudades. Pretende reencontrar os seus ex-amores: Mariana Chubichuba, Judite Malimali e Ermelinda Feitinha. Entretanto, num sonho, elas, as três, dizem-lhe: “Nós não te precisamos matar, nós já te matámos dentro de nós. Há muito tempo que não vives nas nossas vidas…”
E se já no começo dos começos, na génese, no princípio… era o verbo, o nascimento deste “chovem amores…” parte dessa atitude quase mágica de proferir as palavras para que as coisas aconteçam. E da filigrana das letras nasce, demorada e gostosamente, um mundo pequenino povoado pelas nossas personagens. Uma teia de encantamentos temperada pela cumplicidade de dois amigos que sabem que
“…os sonhos são mapas que nos ajudam a orientar na vida. Aqueles que não sabem ler os sonhos, esses, sim, estão perdidos...”
como diz Ermelinda Feitinha, a mãe

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA:
Texto – José Eduardo Agualusa e Mia Couto | Interpretação: José Rosa e Sandra Santos|
Encenação: Pompeu José | Cenografia: Zé Tavares e Marta Fernandes da Silva | Música: Cheny Mahuaie, Fran Perez, Lígia Zango, Matchume Zango e Tinoca Zimba | Figurinos: Ruy Malheiro | Desenho de luz: Luís Viegas | Técnicos: Cajó Viegas e Paulo Neto | Assistência: Gil Rodrigues | Fotografias: Eduardo Araújo | Desenho Gráfico: Zé tavares

29 de Agosto | 22h


Poemes Visuals > Cia. Jordi Bertrán / Barcelona

Espectáculo para maiores 6 anos – Duração aproximada: 60 minutos

Escola Sebastião da Gama – (Ginásio Novo) Av. Alexandre Herculano / Setúbal

Bilhetes: 7€
Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65, aderentes PIN Cultura e Sócios Inatel)


Jordi Bertran, reconhecido como um dos maiores especialistas em Manipulação de fantoches, bonecos e objectos a nível internacional, mostra-nos neste espectáculo um elenco de personagens caracterizadas por letras.
Poemes Visuals” é um espectáculo cheio de ternura, que preenche todos os cantos da cena de um virtuosismo invulgar, fruto de muitos anos de trabalho. No palco as letras de extrema simplicidade ganham vida, resultado de uma grande mestria que com a sua manipulação, o gesto se transforme em verso e verso em emoções.
O espectáculo inspirado na magia da poesia visual do poeta catalão Joan Brossa, adopta o magnetismo do abecedário brossiano, o jogo de letras com o que o poeta ilustrava sua poética visual.
”Poemes Visuals” começa com um atcor-músico, um poeta, que leva consigo uma mala cheia de letras de espuma e começa a jogar com os seus sons e formas, descobrindo que pode criar poesia sem necessidade de formar palavras.
Com a guitarra e as canções estabelece uma terna relação com as letras que ganham vida e criam um universo cheio de personagens, coreografias, humor e acções dramáticas, onde demonstra que estas não servem para encher papeis e computadores, mas também podem criar um mundo sensível de impressionante simplicidade.
Um espectáculo para adultos que fascina os mais pequenos.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Ideia original e Direcção Artística: Jordi Bertran | Manipuladores: Eduardo Telletxea, Irma Borges e Òscar Muñoz | Voz e Guitarra em directo: Òscar Muñoz | Figurinos: Ma. Dolors Fernández | Construção de Marionetas: Toni Zafra, Santi Arnal, Karin Schäfer, Zilda Torres, Miquel Gallardo e Jordi Bertran | Fotografía: Mireia Margenat | Desenho Gráfico: Miquel Llach

31 de Agosto | 22h

Conversas de Teatro – A Democratização da Cultura/Teatro > Dr. Manuel Araujo, Dr. Carlos Fragateiro e Dra. Catarina Marcelino

Clube Setubalense
Av. Luísa Todi 99-1º /Setúbal

Entrada livre

Num ambiente informal e descontraído, pretende-se conversar, partilhar experiências e trocar ideias tendo como tema “A Democratização da Cultura/Teatro”.

Participantes:

Dr. Manuel Araujo
Assessor para a cultura da Câmara Municipal de Setúbal, pertence ao Conselho Redacção da Vértice, fundador e colaborador da Casa da Achada/Centro Mário Dionísio. Colaboração em várias revistas sobre temas de arte, arquitectura e estética.

Dr. Carlos Fragateiro 910213955
Concluiu, em 1976, o Curso Superior em Teatro da Escola Superior de Teatro no Conservatório Nacional. Em 1988 Concluiu uma Maîtrise em Educação – especialidade em Expressão Dramática na Universidade de Montreal, Canadá. Realiza o Doutoramento já em Portugal, na Universidade de Aveiro, na área de Ciências e Tecnologias da Comunicação. Foi, entre 1997 e 2006 Director do Teatro da Trindade e de 2006 a 2008 Director do Teatro Dona Maria II. Desempenha funções enquanto professor auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro desde 2001.

Dra. Catarina Marcelino
Licenciada em Antropologia, é Deputada do PS pelo círculo eleitoral de Setúbal, pertence às Comissões Parlamentares: Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias; Trabalho, Segurança Social e Administração Pública e Subcomissão de Igualdade [Suplente]. É ainda presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas de Setúbal

01 de Setembro | 22h


Mostra de Curtas-metragens > Experimentáculo


Clube Setubalense
Av. Luísa Todi 99-1º /Setúbal

Entrada livre




Noite de curtas-metragens, cujo objectivo é divulgar novos projectos/filmes. Sem tema definido, o propósito principal desta mostra é promover produções de vídeo pouco difundidas e motivar jovens realizadores para futuros trabalhos.

Título: " Horizontem "
Realizador: Amauri Tangará
Duração: 15 minutos
Sinopse: O futro manda notícias

Título: " A Margem”
Realização, argumento e edição: João Bordeira e Renata Barreto
Ano/duração: 2010, 12min.
Sinopse: “A Margem” trás a todos um recurso valioso para uma reflexão profunda, sobre as dinâmicas da exclusão e formas de as ultrapassar.

Título: " O Lago "
Produção, realização e argumento: André Marques
Ano/duração: 2008, 31 min. 24’
Sinopse: A história de dois amigos que embarcam numa viagem em direcção do lago, em direcção a si mesmos.

Título: " Empresário Atarefado "
Realizador: Daniel Martins
Ano/duração: 2009, 1 min 47’
Sinopse: Um dia na vida de um empresário muito atarefado.

Título: “Sala Improvisada “
Realizador: Miguel Tavares e Diogo Marrafa
Ano/duração: 2009, 2 min 03’
Sinopse: Bem-vindos à sala de estar improvisada.

Título: " A Nossa Última Conversa "
Realização, argumento e edição: Miguel Peres
Ano/duração: 2010, 5 min. 35’
Sinopse: Há muito tempo afastados, pai e filho têm a sua derradeira conversa.

02 de Setembro | 22h


Cozinheiros, versão commedia dell’Arte> ESTE – Estação Teatral da Beira Interior

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 75 minutos

Escola Sebastião da Gama – (Ginásio Novo) Av. Alexandre Herculano / Setúbal


Bilhetes: 7€
Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65, aderentes PIN Cultura e Sócios Inatel)




Partindo da sua mais recente criação, Cozinheiros, a ESTE – Estação Teatral propõe um desdobramento para uma versão de Commedia dell´Arte da mesma ideia dramatúrgica de Arnold Wesker.
Teatro com máscara, de cariz iminentemente cómico, onde o gesto e a acção são predominantes, seguindo uma das tradições mais nucleares do teatro tradicional ocidental. Esta é uma criação alternativa, que complementa a versão artística estreada em Dezembro de 2009 n´A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, no Fundão.
Cozinheiros (Versão Commedia dell´Arte) é a oportunidade de Arlecchinno, Brighella, Pantalone, Capitanno, Dottore ou Pulcinella, algumas das mais emblemáticas personagens daquele que foi o primeiro laboratório do actor moderno, trabalharem numa grande cozinha de um grande restaurante chamado… mundo.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Encenação: Ricardo Brito | Dramaturgia e Máscaras: Nuno Pino Custódio | Espaço Cénico: Manuel Raimundo | Desenho de Luz e Operação Técnica: Pedro Fino | Interpretação: Pedro Diogo, Tiago Poiares, Miguel Lança e Sara Gabriel Luis Santos, Nelson Martins

03 de Setembro | 22h


Saguão> Teatro dos Aloés

Espectáculo para maiores 12 anos – Duração aproximada: 55 minutos

Escola Sebastião da Gama – (Ginásio Novo) Av. Alexandre Herculano / Setúbal


Bilhetes: 7€
Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65, aderentes PIN Cultura e Sócios Inatel)



Num saguão cheio de imundícies encontramos Peppe, Tano e Alguém.
Três homens que já não sabem o que é o tempo mas ainda querem tanto viver.
Com os seus pequenos gestos, com a vontade de se ouvirem, com o prazer de brincarem. Porque naquele pátio interior ninguém lhes pode retirar o prazer de brincar. Naquele saguão ainda podem recordar, ainda podem existir. O pátio interior é o lugar das suas brincadeiras de infância onde tudo é permitido, onde tudo parece possível. Onde é possível inventar um mundo mágico, basta respeitar-lhe as regras. Aí vivem Peppe e tanto, dois desesperados, no meio do lixo com ratos que lhes comem os pés. Não sabemos de onde vêm nem que ligação têm.
Um texto onde é possível colocar as mais amargas perguntas da actualidade, as mais pequenas obsessões do dia-a-dia. Com um ritmo cómico que não abranda e que investe a velocidade incolor da linguagem de televisão. Um texto que alterna uma abstracção cruel com o realismo poético.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:
Autor: Spiro Scimone | Tradução: Alessandra Balsamo e Jorge Silva Melo |Encenação: Jorge Silva| Cenografia e Figurinos Teresa Varela | Desenho de Luz: Pedro Domingos Designer Gráfico: Rui Pereira | Produção: Teatro dos Aloés | Assistente de Produção Joana Pães | Interpretação: Daniel Martinho, João de Brito e Luís Barros

04 de Setembro | 22h

Espectáculo de Encerramento/Aniversário
Vários Criadores Convidados – Teatro/Música/Poesia/Dança/Artes Plásticas


Duração aproximada: 120 minutos

Fundação INATEL – Praça da República/Setúbal

Entrada livre



Pela primeira vez, aleado ao facto de a associação comemorar 25 anos de actividade e 10 como companhia profissional, a Festa terá um espectáculo transdisciplinar de encerramento e aniversário.
Teatro/Música/Poesia/Dança/Artes Plásticas, onde vários criadores convidados são envolvidos num único espectáculo.

COM A PARTICIPAÇÃO DE:

Teatro Estúdio Fontenova | Conservatório Regional de Música de Setúbal | Artistas Plásticos: António Galrinho, Pólvora da Cruz entre outros | Actor: Duarte Victor | Poetas: Alexandrina Pereira, Américo Pereira, Chocolate Contradanças, Fernando Guerreiro, João Farelo, Jorge Faria e José Raposo

quarta-feira, junho 23, 2010

2 meias, 1 malha & 1 curta



Anton Tchekhov foi sensível ao drama contemporâneo da sua sociedade e debruçou-se, compassivo e compreensivo, sobre as vidas cinzentas e mesquinhas da pequena burguesia e o drama dos intelectuais. Sentiu o desabar de uma sociedade em crise e registou as vicissitudes da classe média, presa em tradições ancestrais e incapaz de as conciliar com as exigências dos movimentos sociais emergentes. Contudo, esses movimentos sociais que surgiam, nos quais Tchekhov depositava o seu positivismo sobre a evolução social, são, ironicamente, os mesmos que podemos hoje considerar precursores da crise social que flagela a sociedade dos nossos dias. Nas palavras do autor: "o meu desejo é dizer honestamente às pessoas: olhai-vos um poucochinho e vêde até que ponto a vossa vida é má e sombria. O que importa é que as pessoas se dêem conta deste facto; se chegarem a compreendê-lo hão-de suscitar certamente à sua volta uma outra vida melhor."
Hoje sabemos que para conhecer a realidade à que abordá-la de diversos prismas, partindo assim da obra deste autor, este espectáculo reúne as visões de várias áreas artísticas na busca de uma interpretação mais complexa e aproximada da realidade. Nesta peça, recorre-se à pluridisciplinariedade como forma de perseguir o mesmo desejo que Tchekhov imprimiu na sua obra: o de contribuir para uma vida melhor.
Este espectáculo integra o teatro, a dança e o cinema num único espectáculo, com pontos de ligação entre as várias obras seleccionadas. Cada vertente goza de total liberdade artística, partilhando uma linha estética comum.
Ao integrar este autor na programação, estamos simultaneamente a homenagear o homem e a obra, assinalando os 150 do seu nascimento. Anton Tchekhov diz-nos "Não viverei, sem dúvida, o bastante para o ver, mas creio que o futuro será muito diferente, uma outra coisa bem diversa da nossa vida actual", no entanto a sua obra vive e persiste com uma actualidade impar.
Este espectáculo conta com a colaboração da Passos e compassos/DançArte e da Low Cost Filmes.





Sinopse

“Duas Meias, uma Malha e uma Curta”
Um relutante conferencista apresenta-se ao respeitável público com o objectivo de palestrar sobre “Os Malefícios do tabaco”. Apesar da sua boa vontade a palestra desvia-se constantemente para os aspectos mais sórdidos da sua vida.
Partindo do mote condutor proporcionado pelo “Os Malefícios do tabaco” inicia-se uma pequena viagem cómico-trágica pelas peças em um acto de Anton Tchekhov (Um pedido de Casamento, O trágico à força e O Urso). Com um espectáculo multidisciplinar (teatro, cinema e dança) se visitam as peripécias e vivências de um pobre diabo.


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Textos Anton Tchekhov |Direcção/encenação José Maria Dias | Coreografia Sofia Belchior| Realização e Câmara António Aleixo e Pedro Soares | Banda sonora António Machado sobre suites para violoncelo de Sebastian Bach |Cenografia, Figurinos e Design gráfico Mónica Santos | Interpretação Carla Garcia, Eduardo Dias, Graziela Dias, José Maria Dias, José Lobo e Tiago Cruz | Produção de Vídeo Low Cost Filmes | Edição vídeo António Aleixo | Desenho de luz José Maria Dias| Execução de Guarda Ana Maria Garcia Direcção de Produção e Divulgação Graziela Dias | Montagem Júlio Mendão e Samuel Simão | Frente casa Manuel Ernesto e Bruno Moreira

62ª Produção Teatro Estúdio Fontenova
Companhia Subsidiada: Câmara Municipal de Setúbal
Apoios: AERSET; Crómia; O Setubalense; iMais/SemMais Jornal; Jornal de Setúbal; O Sul; Setúbal na Rede; Viva Setúbal; Oportunidades & Negócios; Rádio Azul e Setúbal TV On Line.
Agradecimentos: Passos e Compassos /Dançarte; António Marques, António Galrinho e Álvaro Félix.

sábado, março 13, 2010

Audição com Daisy ao vivo no Odre Marítimo




De 19 a 28 de Março (sextas, sábados e domingos) | 21h.30m

Espectáculo para maiores 14 anos
Duração aproximada 1h45

Club Setubalense
Av. Luísa Todi, 99 – 1º
2900 - 461 Setúbal

Bilhetes: 7€ Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65 e aderentes PIN Cultura)


A obra de Fernando Pessoa é um património de valor incalculável, sendo um marco indiscutível do seu tempo, chega até aos nossos dias envolto numa mística de actualidade intemporal. Esta obra de Armando Nascimento Rosa homenageia a complexidade do Universo Pessoano onde, para além das palavras, existe a música, com canções que partem de poemas que Pessoa escreveu em português, inglês e francês, interpretadas pelo actor e por um pianista-actor, seu duplo, ambos desdobrando-se em outras tantas figuras imaginadas pela invenção cénica. Reflexão e intuição, emoção e diversão, quatro vias que norteiam o teatro gnóstico de Nascimento Rosa, conjugam-se numa peça cómica e dramática, poética e política, que nos fala da vida que há no teatro e do teatro que há na vida.


Sinopse

Um actor chega a um palco para efectuar uma audição, que vira publicitada no jornal. O estranho é ninguém mais ter comparecido naquele teatro, nem júri para o avaliar, nem colegas candidatos. Mas desistir não é com ele. Apresentará na solidão da cena a ficção dramática que trouxe preparada. E o espectáculo acontece graças à sua persistência.
Ele supôs que o anúncio poderia implicar digressões ao estrangeiro, e por isso traz um número que convoca, como ele diz, a referência cultural portuguesa mais famosa no mundo, depois do fado e do vinho do Porto: o poeta Fernando Pessoa.
Várias máscaras o actor vestirá na cena, em especial a de Daisy Mason, a amiga inglesa de Álvaro de Campos (que aparece em Soneto Já Antigo), aqui transformada em inesperada drag-queen da poesia e do music-hall num barco imaginário, em trânsito no Tejo, consagrado às artes e chamado Odre Marítimo.





A Encenação


Tendo sido levada à cena, pelo Teatro Estúdio Fontenova em 2004. Escolhemos repor este espectáculo que é um ex-líbris no historial da companhia e que presta tributo à memória de Fernando Pessoa, no ano em que se assinalam os 75 anos do seu desaparecimento.
Tomei conhecimento da Audição através da Paixão do Eduardo pelo texto de Armando que se tornou, também para mim, em paixão. Não estou a exagerar. Este texto de é sem dúvida um desafio para um actor e consequentemente para um encenador.
Da leitura que fizemos da peça surgiu desde logo a convicção de que ela só resultaria num ambiente, ou de uma forma aproximada, como o vivido por Fernando Pessoa no final dos anos vinte do século passado, com a evidente conotação aos cabaret’s do imaginário de Álvaro de Campos e da sua amiga Daisy, aproximação essa que só se verificaria efectivamente com o seu aparecimento.
Para concretizar esta ideia, nada melhor que o espaço Club Setubalense, em cujo salão existe também um piano de cauda, instrumento imprescindível nesta nossa interpretação. As qualidades e o empenho do Eduardo e do Bruno foram para mim a garantia da qualidade do trabalho.
Na actualização feita para esta reposição, foram tidos em conta todos os pressupostos já anunciados e consequentemente beneficiamos do amadurecimento artístico dos intervenientes, o que vem potenciar alguns ajustes que, por isso, se imponham.

José Maria Dias

Projecto Interacção com as artes plásticas

Com a colaboração de escolas e ateliers de artes plásticas da região, este espectáculo promove a educação artística e a literacia cultural, destinando lugares cativos para estudantes e artistas plásticos onde estes possam transpor a sua interpretação da peça. As criações resultantes deste exercício serão objecto de exposição durante a carreira da peça, propiciando novas visões ao público em geral. Este projecto teve já início no espectáculo anterior “Projecto Maria Parda” e com excelentes resultados, decidimos repeti-lo. Entretanto lançámos já um desafio, aos artistas plásticos, em elaborar, a partir dos esboços, uma obra que fará parte de uma exposição durante o Festival de Teatro “Festa do Teatro” que decorrerá de 21 Agosto a 4 de Setembro.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Texto e Música Armando Nascimento Rosa | Encenação, Concepção do Espaço Cénico e Desenho de luz José Maria Dias |Arranjos Musicais Bruno Moraes e Tiago Morais | Interpretação Bruno Moraes e Eduardo Dias | Apoio Vocal Sara Belo | Direcção de Produção, Adereços e Figurinos Graziela Dias |Fotografia e Design Gráfico Original Paula Moita | Design Gráfico Mónica Santos | Montagem Júlio Mendão | Frente casa Bruno Moreira e Manuel Ernesto

Armando Nascimento Rosa
| Autor (Évora, 1966) é autor de entre outras peças encenadas e editadas: “Um Édipo” (2003); “Audição – Com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo” (2002); e “Lianor no País sem Pilhas” (2001), que foi Prémio Revelação Ribeiro da Fonte em 2000. Divulgou em leituras dramatizadas as peças “Nória e Prometeu – Palavras do Fogo” (2003) e “Espera Apócrifa” (2000), esta última incluída no seu volume de ensaio: Falar no “Deserto – Estética e Psicologia em Samuel Beckett”
Publicou em 2003 a tese de doutoramento em Literatura Portuguesa Dramática – séc. XX: “As Máscaras Nigromantes – Uma Leitura do Teatro Escrito de António Patrício”. Em Novembro de 2004, estreia em Évora pelo CENDREV a sua mais recente peça: “O Túnel dos Ratos”.
É professor de Teoria/Estética e Escrita Teatral na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa.

José Maria Dias | Encenador (Alcáçovas, 1957) Licenciatura em Estudos Teatrais, pela Universidade de Évora. Fez várias cursos, dentro dos quais, Direcção Técnica de Espectáculos, orientado por Jean-Guy Lecat (Director Técnico de Peter Brook), cursos de encenação promovidos pelo Inatel (Teatro da Trindade), com alguns professores como o Tomaz Ribas, Águeda Sena, Fernando Augusto, José Peixoto, Alexandre Sousa, Carlos Cabral, Luís de Matos, António Casimiro, Eurico Lisboa, José Carlos Barros, Victor de Sousa, Cláudio Hochman e Mário Feliciano de quem foi assistente da cadeira de encenação. Director Artístico do Teatro Estúdio Fontenova e do Festival de Teatro de Setúbal “Festa do Teatro”. Actualmente lecciona Teatro na Escola Profissional do Montijo e na UNISET (pólo do Montijo). Tem apoiado vários Clubes de Teatro de diversas escolas do Distrito de Setúbal. Encenou textos de vários autores, Armando Nascimento Rosa, Fernando Augusto, Bernardo Santareno, Gil Vicente, Luís de Sttau Monteiro, Maria Alzira Cabral, Norberto de Ávila, Francisco Ventura, Richard Demarcy, Adele Adelach, Aleksandr Galine, August Strindberg, Edward Bond, Arnold Wesker e Bernard-Marie Koltés entre outros.

Eduardo Dias | Actor (Setúbal, 1982) Bacharel do Curso de Formação de actores da ESTC. Interpretou entre outras as seguintes peças: Teatro nacional de São Carlos Opera Produção T.N.S. Carlos “Götterdämmerung” de Richard Wagner; “Tosca” de Giacomo Puccini (2008,2009); Escola da Noite “Na Estrada Real” de Anton Tchékhov com encenação de António Augusto Barros (2007); Teatro Mundial Escolinha de Música uma produção da Média Capital com encenação de Almeno Gonçalves (2006); no Teatro da Trindade (2003) “Viriato” de Freitas do Amaral com encenação de Fraga; no Teatro O Bando (2001 e 2002) “Pino do Verão” a partir de textos de Eugénio de Andrade com encenação de João Brites; no Teatro Estúdio Fontenova “Oroboro” autor, encenador interprete (2009); “A Noite Antes da Floresta” de Bernard-Marie Koltés (2008);“O Crime do século XXI” (2006) “Os IEmigrantes” (2005); “Audição – com Daisy ao vivo no Odre Marítimo (2004); “Gil Vicente a Retalho” a partir de textos de Gil Vicente (2003); “As Mãos de Abraão Zacut" de Luís de Sttau Monteiro (2002) "O Pelicano" De August Strindberg (2001); "O Auto da Justiça" de Francisco Ventura (2000); "Restos" de Bernardo Santareno (2000), com encenações de José Maria Dias.

Bruno Moraes | Actor e Músico, (Setúbal, 1985) Nasceu em Setúbal em 1985.
Iniciou os seus estudos de piano em 1991 com a professora M.ª Laura Costa Morais. Ingressou em 1995 no Conservatório Regional de Setúbal onde frequentou até 2000 o Curso Básico de Piano tendo concluído o 5º grau de piano e o 4º grau de Formação Musical e de Classe de Conjunto.
Em 1988 participou no estágio da Orquestra Portuguesa das Escolas de Música – Orquestra 98 na qualidade de Baixo. Participou igualmente na qualidade de Baixo e Actor, em conjugação com o Coro de Câmara de Setúbal e a Tokyo Opera
Asssociation, na ópera “ The Forgotten Boys – What Xavier left in Japan” em Julho de 2005.
Foi membro na qualidade de Baixo, do Coro Odyssea, no período 2005 a 2008.
Ingressou no Teatro Estúdio em 2002, como actor e pianista em vários espectáculos de entre os quais; “As mãos de Abraão Zacut” de Luís de Sttau Monteiro; “Audição – com Daisy ao Vivo no Odre Marítimo” de Armando Nascimento Rosa; Composição musical da poesia de Joaquina Soares “Corpo de Palavras”; Direcção musical de “Se isto fosse uma Ópera, seria de Três Cêntimos” uma adaptação da obra “A Ópera dos Três Vinténs”de Bertold Brecht.
Licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa frequentando actualmente o Mestrado em Bioquímica Médica.




Produção Teatro Estúdio Fontenova
Companhia Subsidiada: Câmara Municipal de Setúbal
Apoios: AERSET; Club Setubalense; Crómia; O Setubalense; Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal; Jornal de Setúbal; O Sul; Setúbal na Rede; Setúbal TV; Oportunidades & Negócios; Via Setúbal; Rádio Azul
Agradecimentos: António Galrinho; Conservatório Regional de Música de Setúbal

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Projecto: Maria Parda


Se Deus é amor e o vinho amante o que nos diz Maria Parda?”

De Gil Vicente e encenação de Eduardo Dias

De 18 a 28 de Fevereiro (quintas, sextas, sábados e domingos) | 21h.30m

Espectáculo para maiores 12 anos

Duração 45 minutos

AERSET

Av. Luísa Todi, 119

2900 Setúbal

Bilhetes: 7€

Descontos: 5€ (desconto para estudantes, menores de 25, maiores de 65 e aderentes PIN Cultura)

Breves palavras sobre a Encenação

A obra vicentina espelha uma época de transição. Um tempo onde a soberania daquilo que estava instituído e as instituições são gradualmente subvertidas e a sua pertinência questionada. Este momento singular não foi único, nem isolado na história. A ordem político-social fortalece-se em resposta às interrogações que a comprometem, criando novas questões às quais terá de se reestruturar na busca da resposta.

Por conseguinte, se observarmos o passado, podemos realmente encontrar a marca deste círculo perpétuo, mais ou menos acentuado mas sempre presente.

Entretecida de interrogações sobre a ordem e costumes estabelecidos, a obra de Gil vicente, encontra a intemporalidade e um eterno retorno à nossa condição de seres interrogantes.

Assim, transpõe-se Maria Parda para o século XXI e eis que deixa de ser uma identidade quebrada pelos vícios da vida, transmutando-se numa mulher obcecada pela sua necessidade de preencher e justificar as suas “faltas” através do consumo desmedido.

Desta forma, Maria Parda renasce como qualquer um de nós, vítima da sede de ter e querer em detrimento de quem é, e da consciência daquilo que é realmente indispensável.

A sede do vinho não é mais do que a sede do espírito. Aquela sede imaterial de, com o palpável, saciar os vazios de uma alma que sente e se ressente da solidão entre os pares.

Maria parda pertence a uma sociedade de consumo bem actual, onde a solidão se encontra vincada pelas suas palavras e, onde o possuir é vendido como terapia. No entanto, tal como hoje encontramos em toda a parte, o seu espírito encontra-se vazio quando confrontada com vinho que escasseia.

Por forma a potenciar o carácter intemporal do espectáculo o texto mantém-se fiel ao original, mas usando a linguagem cénica e do actor como elementos vivos desta pulsante actualidade. Com este trabalho procura exaltar-se a eterna, não inata, e crescente insatisfação. Não na forma de ambição doentia, mas por desfasamento, por irreconhecimento do eu ou até mesmo por dormência.

Sinopse

“De Gil Vicente em nome de Maria Parda, fazendo pranto porque viu as ruas de Lisboa com tão poucos ramos nas tavernas e o vinho tão caro e ela não podia viver sem ele.”

Projecto Interacção com as artes plásticas

Com a colaboração de escolas e ateliers de artes plásticas da região, este espectáculo promove a educação artística e a literacia cultural, destinando lugares cativos para estudantes e artistas plásticos onde estes possam transpor a sua interpretação da peça. As criações resultantes deste exercício serão objecto de exposição durante a carreira da peça, propiciando novas visões ao público em geral.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Texto Gil Vicente | Encenação Eduardo Dias | Interpretação Carla Garcia | Banda Sonora Original Bruno Moraes| Cenografia, Design Gráfico e Dramaturgia Mónica Santos | Direcção de Actores, assistência de Encenação e desenho de Luzes José Maria Dias |Direcção de produção Graziela Dias | Montagem Júlio Mendão | Frente Casa Bruno Moreira, Manuel Ernesto

Produção Teatro Estúdio Fontenova

Companhia Subsidiada: Câmara Municipal de Setúbal

Apoios: AERSET; Crómia; O Setubalense; Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal; Jornal de Setúbal; O Sul; Setúbal na Rede; Setúbal TV

Agradecimentos: António Galrinho; Conservatório Regional de Música de Setúbal